domingo, 22 de janeiro de 2012

A essência dos jogos.

Interessante as coisas que o cara disse.
Que a essência de Zelda é você poder encontrar maneiras de usar itens diferentes.
E o outro disse que o fato de Link realizar pulos permite que novos locais sejam explorados.

Sim, os jogos precisam conter coisas que sejam realmente interessantes de descobrir.

Sim.

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Um outro cara disse que zerar o jogo o fez sentir como um gênio.

O Miyamoto, que é um gênio, disse que anota suas ideias em cartões e os guarda, pra usar depois em sessões criativas. É legal saber das técnicas dos outros.
Então o repórter diz que o japonês está mais interessado em criar tendências do que em segui-las, e é compleamente verdade. Aí o japa diz, por fim, que o futuro dos jogos está em projetar o jogador para dentro da tela.

Eu penso em um jogo onde o jogador registra seu desempenho de uma maneira unificada. E queria muito que os testes de empregos começassem a ser baseados em desempenhos medidos em jogos, que, obviamente, deviam antes ser categorizados. Talvez os participantes respondessem a questionários qualificando-se, primeiramente, em cada jogo. E depois haveria uma sessão. Ou isto fosse opcional. Não sei.

O Miyamoto pegou coisas da infância e fez o Zelda, e eu pretendo fazer algo parecido, com os Meninos e então sei lá com o quê. Tô interessado novamente em tudo isso, e vamos ver pra onde a coisa anda.

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O cara era como um prestidigitador. Fazia as pessoas verem o que ele queria sobre ele. E o que se vê é o que faz acreditar.

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Triforça de Link. Um robô falando com tons quase realistas na voz. Ainda se percebe que é um robô mas claramente a coisa evoluiu. Logo seremos assaltados com algo mais absurdo que todas as outras coisas que já temos.
isso obriga as pessoas a tornarem-se robôs. É terrível, mas a quantidade de informação a que temos acesso hoje no torna em robôs, ou melhor, em monstros da racionalidade. E isso é conflituoso demais.
Os próprios caras da equipe que criou o vídeo se chamam TriCell. Porra, será que essas coisas são tão fortes que grudam nas pessoas sem que elas notem? Eles poderiam justificar o nome como forma de marqueting, mas será que não notam que a coisa é via de duas mãos? E, claro, ainda, que isso é marqueting pros malditos...? Eu tenho minhas teorias de que mesmo os malditos põem esses símbolos nos seus jogos sem terem exatamente escolha. O símbolo os fascina e eles creem no fundo que estes símbolos possuem um poder tal que acrescentam valor ao jogo. Talvez acrescentem. Talvez os malditos entendam bem mais do que a gente, é provável, pois eles sabem coisas de programação e design, enquanto eu só me aventuro por ambos os campos, já tendo desoberto uma boa parte do mundo antes deles, parte que talvez eles nunca descubram. Talvez eu esteja mesmo à frente deles, talvez eu enxergue as coisas como elas realmente são. não tive escolha. Quando você cai assim fundo o que pode te salvar são suas unhas. Cave. Cave. Cave e espere pelo melhor.

Restart

A pior matéria jornalística de todos os tempos acabou de passar na globo e intitula os restartboys de músicos. Não que eu não pudesse prever... Bom, espera, eu não poderia. Se eu fosse o cara encarregado de definir eu com certeza não pensaria no termo escolhido nem em dois meses com o lápis na orelha. É estranho de repente ver isso assim, escrito. Embora nós saibamos que eles não o são, e que mesmo assim é este o termo que cabe segundo todos os padrões menos o da rebeldia, à parte disso, existe algo dentro de nós que normalmente só associa realmente, obtendo o efeito resultante, termos contraditórios de maneira que leve ao efeito quando vemos a situação ocorrendo na nossa frente.
Por isso é bem mais tranquilo ouvir dizer que algo aconteceu do que ver com os próprios olhos.
Pois enquanto não vemos algo ocorrendo de fato nós ainda podemos deixar a mente encarregar-se de fantasiar a não ocorrência desta situação teste.
A repórter associa a banda ao termo polêmica. Oh meu deus.
Já jogaram balas em nós, mas aí é saudável.
O pessoal de outros países respeita bem mais.
Jesus.
Então essa merda de boyband sem talento toca em outros países.
Jesus.
Essa foi mesmo de estragar.

Pelanza e
Pelucas?

Vai tomar no olho do cu da garça, amiguinho.


Fazer um determinado público gostar daquilo que você escreve tem muito a ver com saber do que é que esse público gosta, pra começo de papo. Não dá pra fazer uma mãe ler a respeito de errepegês, a não ser que ela seja completamente interessada na vida lúdica de seu filho, ou esteja pensando em virar adepta, o que é ainda mais raro.

Pra começo de conversa...

Hoje eu resolvi criar este novo blog aqui pra falar apenas daquilo que merece ser falado.

Tenho uma série de outros blogs. E, penso, isto é apenas natural, dada minha (terrível) versatilidade de homem renascentista pós-moderno delirante.

E por falar nisso, pra quem conhece o tal do sono dos leões, supostamente praticado lá pros 1500 e algo pelo mestre daVinci, estava então agora há pouco deitado pensando em design de jogos, e então outros pensamentos (que levaram à ideia deste blog) surgiram.

Um deles tinha a ver com lembranças antigas e maneiras de contar histórias para o mundo moderno. (Falaremos sobre isso muito em breve, e com certeza valerá a pena.)

(Outros tinham a ver com mecanismos pra atirar bexigas e formas de encher bexigas com líquidos coloridos capazes de manchar roupas. Bom...)

Não quero te enrolar. Então, pra começo de conversa, vou explicar em linhas gerais o título do blog.

NOTA: Se não quiser ler, eu usei uma fonte diferente, assim fica bem fácil você pular pra parte menos narrativa e chata. (Que é o alvo real dessa postagem.)

[...] Há 4 anos e meio, quando eu estava ainda pra atingir os 18, algo doido me atingiu, caiu sem pára-quedas na minha cabeça. Um piano desafinado. E isso ainda dói, tantas vezes... Minha cabeça rompeu-se. Rachou, como um aquário cheio de coisas que preferimos manter dentro do aquário. E molhou toda a sala, os tapetes, o playstation, deixando peixinhos se debatendo, 
Pior, eu fiquei me debatendo.
Por mais de 4 anos, sim.
Quando algo desse tipo acontece a uma pessoa, todas as outras tendem a ver o caso como algo mais simples do que verdadeiramente é. Não deve ser exatamente culpa delas; quando um comportamento se repete dentro de várias cabeças criadas a certa distância uma da outra, só podemos deduzir que este comportamento seja o comum e esperado. O padrão da raça.
Por isso, não tive muito auxílio psicológico.


E de repente, dali de fora do rio, comecei a poder observar as coisas como se elas fossem meros objetos de estudo, diferente de quando eu era um peixinho que tentava viver segundo o que se espera de um peixinho.

e um grande peixe, o CARA ESTRANHO, com aquele rabo de sereia numa festa cheia de gente com máscaras faciais.

[...]

Pronto.

Pois bem.

Existe algo – e isto, creio, é uma doença exclusiva do animal humano – que alguns de nós já vimos, conhecemos vagamente, provavelmente em filmes e HQs, e, bem menos frequentemente, em exemplos reais, que se chama Crise de Identidade.

Eu tive isso.

Significa, resumindo bem, perder a sensação de identidade.

Explicações. Todos nós temos coisas dentro de nós que, queremos crer, nos definem. P.e., quando alguém entra num site do tipo rede social, normalmente existe uma caixinha onde se digitam as coisas que a definem. Sim, eis. Depois que isso acaba,  digo, depois que você perde a crença nestas coisas, e creia-me, você não tem escolha quando acontece, então você simplesmente vê seus conceitos reduzidos a brinquedos quebrados. Em outra metáfora: os seus peixinhos do aquário são retirados de seu meio confortável, e estão agora a se debater no tapete da sala. Você começa a sentir coisas um tanto absurdas, um inventário maldito de sintomas que antes você pensava serem exclusividade de gente drogada ou completamente lelé. Aliás, já que eu falei de gente drogada, você sente-se frequentemente como um usuário de drogas em abstinência, realmente no fundo do poço, e com ferramentas enferrujadas que não te ajudam a subir.

Depois de alguns anos sentindo essas coisas, você percebe possíveis saídas. O negócio é cavar, com as unhas, mesmo. (Eu sempre tive unhas muito fortes, pra minha sorte.) Cavando, você encontra a verdade sobre as coisas. E, como disse um velho personagem bíblico, a verdade vos libertará. Sim. Por algum tempo, já que a coisa é muito mais complexa.

Tem um jogo de PC, o nome é Planescape: Torment, onde o protagonista é um tal de Nameless One, (O sem nome...) um ser fadado à imortalidade e que se esquece toda vez que renasce de suas vidas prévias. O jogo é cheio de densidade literária. Existem personagens falastrões que enchem a tela com verbosidades altamente cansativas de ler, mas tudo excelentemente escrito, e contundente. Eis um exemplo artístico de crise de identidade. (Eu citei, apenas como exemplo mesmo, quem sabe sirva a alguns.)


Depois eu virei aqui acrescentar fotos, caso eu creia necessário, e revisar isso, além de acrescentar o que tiver de ser acrescentado...

O que esperar?

Postarei vários tipos de coisas. Tentarei não cair da armadilha de postar por postar. Entendo a importância de manter um padrão. (Eu sempre a entendi, de alguma maneira, mas antes era impossível refrear minhas criações. Elas tinham de ser registradas em qualquer lugar que não fosse meu bagunçadíssimo computador.) Pois agora, a quem ler, esperem ótimos textos cheios de insights pouquíssimo vistos em ambientes virtuais, este mar de lixo onde imperam os pequenos sarcasmos e a burrice irremediável.

O intuito disto e algumas palavras iniciais.

Pois é.

A vida hoje em dia é bem mais do que se poderia imaginar há 10 anos.
E ao mesmo tempo, se restringe a padrões facilmente detectáveis.
O ser humano se complexou, mas se emburreceu, de certa maneira.

Este blog não é sobre isso.

Este blog é sobre qualquer coisa que se possa extrair disso.

Este blog é sobre arte, e seus sentidos poderosos, e seus sentidos ocultos.

Apresentação rápida.

Olá.
Este talvez seja o definitivo blog sobre mim.
Nos últimos anos de viagem interna eu estive aprendendo muito sobre mim mesmo e as coisas. Sei que agora sou capaz de escrever no nível que eu gostaria há uns 4 anos. Tenho muito mais sobre o que falar, também. Bem vindo a mim.